O Que Não Fazer no Laboratório: Reutilizar Seringas e Filtros de Seringas

O Que Não Fazer no Laboratório: Reutilizar Seringas e Filtros de Seringas

A tentativa de reutilizar seringas e filtros de seringas pode gerar impactos negativos significativos, desde a contaminação de amostras até a degradação de equipamentos analíticos.

A tentativa de reutilizar seringas e filtros de seringas pode gerar impactos negativos significativos, desde a contaminação de amostras até a degradação de equipamentos analíticos.

Por Edwin Bueno

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19 de maio de 2025

19 de maio de 2025

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A qualidade das análises laboratoriais depende diretamente da integridade dos materiais utilizados. A reutilização de seringas e filtros de seringas é uma prática inadequada que pode comprometer resultados, causar contaminações e afetar a reprodutibilidade das análises. Neste artigo, discutimos os principais riscos dessa prática e como evitá-los.

1. Contaminação Cruzada

As seringas e os filtros de seringas são projetados para uso único. A reutilização pode resultar na contaminação cruzada entre amostras, comprometendo a precisão dos resultados. Resíduos químicos ou biológicos podem permanecer nos dispositivos, mesmo após tentativas de limpeza.

2. Alteração da Composição da Amostra

Filtros de seringas são essenciais para a remoção de partículas e contaminantes de uma amostra antes da análise, especialmente em técnicas como cromatografia líquida. A reutilização pode levar à adsorção de compostos na membrana do filtro, resultando na perda de analitos e na alteração da composição da amostra.

3. Comprometimento da Integridade dos Dispositivos

Os filtros de seringas possuem membranas delicadas que podem se degradar após o primeiro uso, tornando-os ineficazes para a remoção de impurezas. Além disso, seringas reutilizadas podem sofrer desgaste no êmbolo e na vedação, comprometendo a precisão da dosagem e a esterilidade do processo.

4. Impacto na Vida Útil dos Equipamentos Analíticos

Partículas e resíduos remanescentes devido à reutilização inadequada podem obstruir colunas cromatográficas, gerar picos fantasmas ou aumentar o ruído de fundo nas análises. O acúmulo de contaminantes pode levar a falhas prematuras dos equipamentos e aumentar os custos de manutenção.

5. Risco de Acidentes

A reutilização de filtros de seringas pode gerar resistência ao fluxo do líquido, causando um travamento inesperado. Esse bloqueio pode resultar em pressões excessivas que levam ao rompimento da seringa ou à quebra do filtro, aumentando o risco de exposição a substâncias químicas perigosas e ferimentos causados por estilhaços do material. Além disso, a força excessiva aplicada para forçar a passagem do líquido pode causar respingos ou até mesmo a perda da amostra.

6. Boas Práticas para Evitar Reutilização

Para garantir a qualidade analítica e a segurança das operações laboratoriais, adote as seguintes práticas:

  • Utilize seringas e filtros de seringas descartáveis sempre que possível.

  • Escolha filtros adequados para cada tipo de análise, considerando o material da membrana e o tamanho do poro.

  • Planeje a quantidade de insumos necessária para evitar reutilizações não intencionais.

  • Treine a equipe para conscientização sobre os riscos da reutilização.


Conclusão

A tentativa de reutilizar seringas e filtros de seringas pode gerar impactos negativos significativos, desde a contaminação de amostras até a degradação de equipamentos analíticos. Seguir boas práticas laboratoriais e investir na substituição adequada desses insumos é essencial para garantir resultados confiáveis e evitar retrabalho. No laboratório, a economia errada pode custar caro!

Edwin Bueno

Edwin Bueno é engenheiro químico com mais de 13 anos de experiência em laboratórios analíticos e ênfase em técnicas cromatograficas, atuando em centenas de projetos de alta complexidade voltados ao controle de qualidade, desenvolvimento de métodos e conformidade regulatória. É fundador e diretor técnico do laboratório analítico Atual Labs, reconhecido por sua atuação ágil nos setores de nutrição e saúde animal.

Além de sua atuação técnica, Edwin é consultor de laboratórios e indústrias, contribuindo na resolução de problemas analíticos, otimização de processos, estruturação de equipes técnicas, expansão laboratorial e gestão, implementação de boas práticas que asseguram qualidade, agilidade e robustez nos resultados.

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